Wednesday, July 15, 2009


sábado 25 de julho às 15h

"bag and baggage" sale
as inscrições estão abertas para a 1ª feira de 2º mão do atelier do marquês!!

não esperem mais!! Inscrevam-se e passem a palavra!!
toda a tralha é bem vinda! roupa, calçado, música, livros, óculos, malas, carteiras, artigos de decoração, tudo o que quiserem comprar, vender ou trocar!!

inscrição prévia: 4€ p/ banca
entrada livre

onde: praça do marquês 169, porto
contacto:
anaefe2@gmail.com
919 010 716
http://atelierdomarques.blogspot.com

ABERTAS AS INCRIÇÕES!!!


atelier do marquês

sábado dia 18 de julho às 15h
safari fotográfico

_jardim botânico do Porto_
inscrições: 10 euros p/ pessoa

sexta dia 24 de julho
21.00h exposição de fotografia
eleição da foto vencedora (safari fotográfico ao jardim botânico)
e
sput&nik (the window) apresenta:

João Bonito "NIGHT SHOOT WINDOW"
instalação

21.30h concerto
"QUARTETO PARA O MARQUÊS" luis melo (guitarra)
joão lafuente (guitarra)
pedro cerveira (flauta)
claúdia lira (voz)


com o patrocínio de
LES CONTES DE THÉ
http://www.mui-gourmet.com/
mui.gourmet@gmail.com
SAPATARIAS AGOSTINI
agostini.sapatos@mail.telepac.pt

agradecimentos
D. FIGUEIREDO & IRMÃOS LDA

Einstuerzende Neubauten - The Garden

Deolinda - Movimento Perpétuo Associativo

... eviva portugal!!!

Little Dragon - Twice

Sunday, July 05, 2009

continuemos a fazer de conta


Continuemos a fazer de conta

Façamos de conta que e o que passou no BPN e na SLN não é mesmo uma enorme "roubalheira". Façamos de conta que há outro termo para descrever correctamente o saque de dois mil milhões de dinheiro dos portugueses.
Façamos de conta que a mais-valia de 147 por cento do investimento de Aníbal Cavaco Silva e família não aparece nos dois mil milhões de prejuízos do BPNnacionalizado. Façamos de conta que não é o contribuinte português quem está a pagar esses dois mil milhões. Façamos de conta que é normal conseguir valorizar um investimento 147,5 por cento em menos de dois anos. Tudo isto fora do controlo das entidades fiscalizadoras e reguladoras do mercado de capitais. Façamos de conta que um conglomerado de bancos e offshores que compra coisas por dezenas de milhão, que vende depois por um dólar, e que rende mais do que a Dona Branca, é normal. Façamos de conta que um negócio gerido assim faz algum sentido no mercado. Façamos de conta que é acessível ao cidadão comum um negócio destes. Façamos de conta que sabemos todas as circunstâncias da compra e da recompra das acções de tão prodigiosa mais valia, que a família Silva detinha no projecto de Dias Loureiro e Oliveira e Costa. Façamos de conta que a SLN não tem nada a ver com o BPN. Façamos de conta que o BPN e a SLN não têm um número invulgar de gente do PSD envolvido nas suas actividades. Façamos de conta que Aníbal Cavaco Silva não é a personalidade de mais influência no PSD. Façamos de conta que os termos SLN, Sociedade Lusa de Negócios ou SLN Valor aparecem no comunicado da Presidência da República de 23 de Novembro de 2008. Façamos de conta que, nesta fase de dúvidas, é aceitável uma declaração como a emitida pelo Palácio de Belém sem referências ao valioso investimento familiar no mais controverso dos projectos financeiros da história de Portugal. Quando é só esse investimento que está causa. Por ser uma aplicação num projecto de licitude duvidosa. Façamos de conta que o Chefe Executivo desse projecto não tinha sido um íntimo colaborador de Aníbal Cavaco Silva responsável por finanças públicas. Façamos de conta que entre 2001 e 2003 os negócios do BPN e da SLN decorriam de forma irrepreensível e no cumprimento integral da lei da República. Façamos de conta que não foi por escolha pessoal do Presidente da República que Dias Loureiro foi nomeado Conselheiro de Estado. Façamos de conta que, como o Presidente disse, estar Dias Loureiro no Conselho de Estado era a mesma coisa que estar António Ramalho Eanes ou Mário Soares ou Jorge Sampaio. Façamos de conta que o Presidente relatou tudo o que devia ter relatado ao País sobre os seus activos passados nos projectos de Oliveira e Costa e Dias Loureiro. Façamos de conta que não há gente presa por causa do BPN. Façamos de conta que não vai haver mais gente presa. Façamos de conta que o que se passou no BPN e na SLN não é mesmo uma enorme "roubalheira". Façamos de conta que há outro termo para descrever correctamente um saque de dois mil milhões de dinheiro dos portugueses. Façamos de conta que não conseguimos imaginar quantas escolas, quantos hospitais, quantas contas de farmácia, quantas pensões mínimas, quantas refeições decentes se podem comprar com esse dinheiro. Façamos de conta que basta, apenas, cumprir rigorosamente a Lei e ignorar o que a Lei não diz, para se ser inquestionavelmente impoluto. Façamos de conta que não sabemos o que se está a passar à nossa volta. Até onde aguenta o País continuarmos a fazer de conta que não vemos?